O filme V for Vendetta (V de vingança, no Brasil) é um filme de suspense de 2006, dirigido por James McTeigue e produzido por Joel Silver e pelos irmãos Wachowski. É uma adaptação da série de quadrinhos de mesmo nome de Alan Moore e David Lloyd. Situado em Londres, em uma sociedade distópica de um futuro próximo, Natalie Portman (como Evey), uma garota da classe trabalhadora que deve determinar se o seu herói se tornou a grande ameaça a que está lutando contra. Hugo Weaving interpreta V, que é um misterioso anarquista que tenta destruir o Estado, através de ações diretas. Stephen Rea vive um detetive que inicia uma busca desesperada para capturar V antes que ele inicie uma revolução.
Apesar da história ser sobre o anarquismo, os cineastas removeram muitos dos temas anarquistas e as referências a drogas que estavam na história original e também alteraram a mensagem política para o que eles acreditavam que seria mais relevante para um público de 2006, distanciando-se assim da ideia original. O filme foi visto por muitos grupos políticos como uma alegoria da opressão do governo. Libertários usaram isso como uma afirmação conservadora contra a intervenção governamental na vida dos cidadãos. Anarquistas usaram esse filme para propagar a teoria política do anarquismo.
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"Eu, como muitos de vocês, aprecio o conforto da rotina diária, a segurança familiar, a tranquilidade da repetição. Eu gosto delas como qualquer outro. Mas no espírito da comemoração, onde importantes eventos do passado geralmente associados à morte de alguém ou ao final de uma guerra sangrenta são comemorados com um belo feriado, eu pensei em marcar este 5 de novembro. Existem, é claro, aqueles que não querem que falemos. Desconfio que ordens estejam sendo dadas e homens com armas já se ponham a caminho. Por que? Porque enquanto a violência for usada no lugar do diálogo, palavras sempre terão seu poder. Palavras oferecem um meio pro significado e praqueles que escutam a enunciação da verdade. E a verdade é que existe uma situação totalmente errada neste país. Não existe? Crueldade e injustiça. Intolerância e opressão. Onde um dia houve o direito de discordar, de pensar e falar como se desejasse, agora temos sensores e sistemas de vigilância forçando-nos a nos conformar solicitando nossa submissão. Mas verdade seja dita, se procuram por culpados só precisam se olhar no espelho. Eu sei por que fizeram isso, eu sei que têm medo, quem não teria? Guerra, terror, doenças, havia uma miríade de problemas que conspiraram para corromper a razão de vocês e tirar de vocês o bom senso. O medo guiou suas ações e em seu pânico vocês confiaram no Alto Chanceler Adam Sutler. Ele lhes prometeu ordem; ele lhes prometeu paz; e tudo o que ele exigiu em troca foi consentimento silencioso e obediente. Há mais de 400 anos um grande cidadão quis lembrar ao mundo que igualdade, justiça e liberdade são mais do que palavras, são perspectivas. Se vocês não veem nada; se os crimes deste governo ainda lhe são desconhecidos; eu sugiro que deixe o 5 de novembro passar em branco. Mas se vocês veem o que eu vejo; se sentem o que eu sinto e se buscam o que eu busco, então peço que fiquem junto a mim, daqui a um ano, no lado de fora do parlamento e juntos daremos a eles um 5 de novembro que nunca se esquecerão!"
Ação Direta é uma forma de ativismo, que usa métodos mais imediatos para produzir mudanças desejáveis ou impedir práticas indesejáveis na sociedade, em oposição a meios indiretos, tais como a eleição de representantes políticos. A ação direta é essencial para muitas correntes da teoria anarquista, em especial para o anarcossindicalismo e anarcopacifismo.
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